Sete pinturas/retratos envoltos num ambiente predominantemente obscuro, fantasmagórico e cinematográfico. É o que os visitantes da Ala da Frente vão encontrar na galeria de arte contemporânea de Vila Nova de Famalicão, que até janeiro do próximo ano expõe “Fantasmagoriana” de Adriana Molder.
A mostra foi inaugurada no passado sábado, 22 de setembro, com a presença da artista e apresenta um conjunto de trabalhos em acrílico sobre tela solta, de cores fortes, habitado por espectros, fantasmas e histórias de amor.
“Fantasmagoriana” tem como base a coletânea de contos alemães com o mesmo nome, que será publicada em português no livro-catálogo que acompanha a nova exposição da Ala da Frente. “E é nestes (retratos) que o público pode conseguir reconhecer-se em rostos que, tal como os fantasmas destes contos, não são mais do que vestígios de emoções passadas”, explica.
A literatura e o cinema têm sido, de resto, uma constante fonte de inspiração para o trabalho de Adriana Molder, que neste trabalho procurou dar aquilo que mais procura para os seus retratos – a intensidade.
Nascida em Lisboa, em 1975, Adriana Molder vive e trabalha em Berlim e na capital portuguesa. Em 2003 recebeu o prémio revelação CELPA/Vieira da Silva e, em 2007, o Herbert Zapp Preis für Junge Kunst (Prémio Jovem Artista).
Expõe regularmente desde 2002. Tem desenvolvido um corpo de trabalho de desenho e pintura, focado essencialmente no retrato. O seu trabalho está representado em várias coleções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro, tais como a Coleção Berardo, Coleção António Cachola, Fundação EDP, Fundació Sorigue, em Espanha, ou o Kupferstichkabinett - Staatliche Museen (Gabinete de Gravuras e Desenho do Museu Estatal), em Berlim, na Alemanha.