“Memória Aberta” é título do trabalho que venceu o concurso de ideias “Desafios Urbanos’16” lançado em outubro de 2016, pelo portal Espaço de Arquitetura, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, e com o objetivo de recolher contributos para a revitalização da histórica Fábrica Sampaio Ferreira, de Riba de Ave.
O projeto apresentado pelos arquitetos João Oliveira e Rafael Ramalho sugere “abrir o complexo agora murado à vila de Riba de Ave e à região do Vale do Ave”. Para dinamizar o espaço, os arquitetos propõem várias valências desde um museu, um centro de desenvolvimento da indústria têxtil, centro de documentação e arquivo e um centro empresarial onde se possam desenvolver várias atividades.
Ao todo, cerca de trinta concorrentes participaram no desafio, entre profissionais e estudantes de arquitetura, lançando ideias sobre as possibilidades de revitalizar este património industrial histórico.
Isso mesmo frisou o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, salientando que “todas as ideias são bem vindas e constituem contributos importantes”. O autarca lembrou que se trata de uma “propriedade privada, repleta de memórias e de história”.
O objetivo do concurso de ideias foi repensar de que forma se pode revitalizar um imóvel, de carater industrial, que pela sua história, localização e dimensão merece ser alvo de reflexão envolvendo toda a comunidade. Os trabalhos estão em exposição na Fábrica Sampaio Ferreira, no Edifício do Canudo até 10 de março.
“Agora entramos numa nova etapa em que queremos atrair os privados a investir aqui, abrindo este contexto de oportunidade e de dinâmica económica”, acrescentou Paulo Cunha.
A Câmara Municipal prevê avançar em breve com algumas obras de reabilitação da vila, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), procurando assim “somar ao investimento público o investimento privado”.
De acordo com o autarca, a própria autarquia poderá vir a adquirir uma parcela deste património industrial, no entanto, alerta que “a Câmara não pode ser o único motor para a revitalização do edificado”, porém não pode ficar totalmente de fora deste processo.
Refira-se que a fábrica Sampaio Ferreira em Riba de Ave foi uma das primeiras unidades fabris do Vale do Ave construída pelo empresário Narciso Ferreira e implantada numa área de cerca de 35 mil metros quadrados.