“Extremamente cómica e surpreendentemente trágica”. Assim é a peça “Os Guardas do Taj”, onde os atores brasileiros Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi interpretam o papel de dois soldados da guarda imperial encarregues de proteger um dos monumentos mais conhecidos do mundo - o Taj Mahal, em Acra, na Índia.
A peça, da autoria do norte-americano Rajiv Joseph, vai estar em cena no grande auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão a partir desta quinta-feira, dia 23, até domingo, dia 26 de novembro.
A curiosidade humana, a prepotência dos poderosos e a amizade entre dois homens são os temas centrais deste espetáculo, baseado numa das muitas lendas que cercam o Taj Mahal, segundo a qual os guardas do palácio não podiam falar, nem olhar para o edifício.
A peça, explicam os dois atores, quebra com o lado romântico associado à construção do Taj Mahal, mandado construir pelo imperador Shah Jahan em homenagem à sua esposa favorita Mumtaz Mahal, mostrando também o lado mais tenso e “menos bonito” da construção deste monumento.
O confronto entre o pragmatismo e o idealismo estará sempre em palco, através das duas personagens. Ricardo Tozzi representa o idealismo e a rebelião que põe em causa o imperador, que mandara cortar as mãos aos 20 mil homens que construíram o Taj Mahal. Já a personagem de Gianecchini encarna o pragmatismo, a preocupação em agradar e a obediência cega ao imperador.
Nos primeiros três dias de cena em Famalicão, dias 23, 24 e 25, a peça começa às 21h30. No último dia, domingo,26, a peça está marcada para as 17h00.
Os bilhetes têm o custo de 18 euros, reduzindo para metade para estudantes e portadores do Cartão Quadrilátero Cultural.
Encenada por Rafael Primot, “Os Guardas do TAJ” é apresentada em Portugal, antes da estreia da peça no Brasil, agendada para janeiro de 2018.