Os municípios de Vila Nova de Famalicão, Barcelos, Braga e
Guimarães relançaram, nesta sexta-feira, a associação do Quadrilátero
Urbano, com a celebração de um novo Pacto de Cooperação, onde sobressai
uma parceria mais sólida e abrangente e uma cultura de compromisso
unânime. A associação passou ainda a integrar a Universidade do Minho
(UM), o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de
Portugal (CITEVE) e a Associação Industrial do Minho (AI Minho),
transformando-se numa estrutura do território e não apenas dos
municípios.
“Hoje assistimos aqui a um momento muito relevante, não só para estes quatro concelho, mas para todo o Norte de Portugal”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, que abriu a sessão. Para além do novo Pacto de Cooperação da Rede Urbana, foram também retificados os novos estatutos da associação, numa cerimónia que decorreu no Centro de Estudos Camilianos, em S. Miguel de Seide e foi apadrinhada pelo Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel. O momento serviu ainda para a concretização da passagem de testemunho da presidência do Quadrilátero do presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha ao seu homólogo de Braga, Ricardo Rio.
Para o autarca famalicense, o Quadrilátero Urbano entra agora numa nova fase, onde “deixa de ser uma associação de municípios e passa a olhar para todo o território, atuando em parceria com os agentes das comunidades pela melhoria da qualidade de vida de todos”. Paulo Cunha salientou ainda “a cultura de compromisso” de todos os representantes do Quadrilátero. “A partir de agora, todas as decisões serão tomadas por unanimidade, de forma a serem o mais consensuais possível”, referiu.
O novo pacto prevê ainda uma independência dos fundos comunitários, o que não significa “que o Quadrilátero não aproveite as oportunidades de financiamento”, pelo contrário, “estaremos atentos aos fundos comunitários”, salientou ainda Paulo Cunha. Além disso, a associação que foi criada com um prazo de duração, associado ao último quadro comunitário de apoio, passa agora a ter uma duração indeterminada.
Para o novo presidente do Quadrilátero, Ricardo Rio, “o Quadrilátero Urbano surgiu num contexto muito específico, com a motivação dos fundos comunitários, uma duração definida e uma representatividade municipal”. E acrescentou: “Hoje, o Quadrilátero deixa de ser um casamento de conveniência para ser um compromisso e uma paixão por esta região, com uma duração duradoura e uma vontade das partes de desenvolver um projeto agregador”.
O autarca de Braga salientou ainda as mais-valias da região, sublinhando que “somos um território com 600 mil habitantes, com empresas que mais exportam no país, com instituições como a Universidade do Minho e o Citeve” e neste âmbito, “é fundamental potenciar este território”.
Também o secretário de Estado, Carlos Miguel, se mostrou “muito satisfeito por testemunhar a concretização deste novo Pacto de Cooperação para a região”.
Refira-se que os autarcas do Quadrilátero desenvolveram ao longo do ano de 2015, sob a presidência de Paulo Cunha, um conjunto de medidas tendentes ao fortalecimento do projeto.
O Quadrilátero foi criado em 2008, no contexto de oportunidade criado pelo QREN; com o objetivo de investir nas tecnologias digitais, na mobilidade e na cultura.