“Hoje, podemos dizer que Vila Nova de Famalicão dobrou o cabo das tormentas e aquilo que nós somos está cada vez mais perto daquilo que queremos ser”. Foi com uma intervenção otimista, virada para o futuro, cheia de novos desafios e muita ambição que o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, apresentou, nesta terça-feira, os progressos alcançados no âmbito do Plano Estratégico 2014-2025.
A cerimónia, que foi o 2.º encontro Famalicão Visão’25, decorreu na Casa das Artes e contou a participação de várias centenas de famalicenses, sendo o pretexto ideal para o autarca dar a conhecer à população a avaliação do percurso já feito e lançar novos desafios. Foi ainda apresentado o Relatório de Pilotagem 2017, um documento que resume os resultados alcançados até agora, para além de incluir uma síntese de um inquérito realizado à população.
“É um momento de ponderação acerca do grau de execução das metas que assumimos para o nosso futuro coletivo para que tivéssemos uma noção exata acerca da nossa capacidade de realização”, afirmou Paulo Cunha, acrescentando que “não poderíamos limitar-nos a esperar que chegasse o ano 2025 e verificar aquilo que tínhamos conseguido executar, nós quisemos fazer esta avaliação para de forma simultânea introduzir correções, reavaliar etapas, reformular percursos, para que este planeamento estratégico que definimos fosse um verdadeiro movimento, ganhasse vida, como se fosse um ser que foi criado a partir da congregação de esforços entre os famalicenses que em 2014, nos ajudaram a definir este plano”.
O Plano Estratégico que o município iniciou em 2014, com a participação e o envolvimento de todos os famalicenses, tem orientado e servido de base de trabalho à Câmara Municipal e às instituições concelhias, sintonizando-as com aquilo que as pessoas demonstraram querer e defender para o seu concelho. E neste âmbito, os passos dados nos vários eixos centrais da estratégia – sustentabilidade, inclusão, inovação e governança do território – são já notórios e motivo de grande satisfação.
Só no eixo do crescimento inteligente e inovação, o município através do Famalicão Made In promoveu cerca de 99 milhões de euros de investimento, mil postos de trabalho diretos e 70 novas empresas, entre as quais 14 startups alojadas nas duas incubadoras criadas. “Somos o concelho mais exportador do norte de Portugal e um dos maiores contribuintes líquidos do país”, afirmou o autarca. Neste âmbito, Paulo Cunha salientou ainda que “nos últimos três anos, o concelho passou de um universo de 11 mil desempregados para menos de seis mil”, salientando o facto de, desde há vários anos, o município ter vindo a apostar “na qualificação e profissionalização dos seus recursos humanos”.
Paulo Cunha enalteceu ainda os resultados alcançados no que diz respeito à governança do território. Ao longo destes três anos “apresentamos e aprofundamos projetos e iniciativas, criamos plataformas de diálogo e de recolha de opiniões, como os Fóruns Sociais InterFreguesias e as reuniões com o movimento associativo”. “Todos os famalicenses estão convocados a participar nesta democracia verdadeiramente participativa”, acrescentou.
Apesar da evidente satisfação, Paulo Cunha não sossega. “Não vamos ficar por aqui, nem vamos retirar o pé do acelerador. Vamos continuar a superar-nos porque somos cada vez mais um concelho com capacidade de superação”. E concluiu: “Famalicão conta com todos e precisa de todos”.
A sessão contou ainda com a participação de Carlos Moedas, Comissário Europeu (recorrendo à transmissão vídeo) e António Manuel Figueiredo, especialista em Desenvolvimento Regional, que elogiou a aposta do município “na inovação como matriz do seu desenvolvimento coletivo”. O consultor salientou ainda a importância do planeamento estratégico, como uma boa prática de crescimento.
Refira-se que no âmbito da elaboração do Plano Estratégico em 2014, a autarquia utilizou o Sofá para questionar os famalicenses sobre “como gostariam de ver Famalicão daqui a 10 anos?”, envolvendo-os, num verdadeiro ato de cidadania e de participação cívica. Na altura, mais de mil pessoas sentaram-se no sofá e partilharam os seus projetos para o futuro com a comunidade.
Em 2016, o Sofá voltou, mas com um pedido sério de compromisso dos famalicenses com a comunidade. A questão colocada era “O que podes fazer por Famalicão”, sendo que a resposta implicava diretamente uma vontade e um compromisso.