Responsabilidade intergeracional, desenvolvimento económico e empreendedorismo social são os três grandes desafios que o presidente da Câmara Municipal traça para o futuro de Vila Nova de Famalicão. No dia em que a cidade celebrou o 29º aniversário, Paulo Cunha aproveitou o ambiente de reconhecimento municipal que caracteriza a sessão solene da efeméride para traçar metas, definir objetivos e indicar percursos para os próximos anos.
O desafio intergeracional foi mesmo uma das notas fortes do discurso que o autarca proferiu perante as cerca de cinco centenas de famalicenses que participaram na sessão solene que prestou homenagem pública a personalidades e instituições que contribuíram para a projeção e o prestígio da cidade, com destaque para o antigo presidente da Câmara Municipal, Armindo Costa, que foi reconhecido como Cidadão Honorário do Município.
Paulo Cunha foi eloquente nos argumentos em defesa da “pegada geracional” que assume querer deixar para que o futuro das próximas gerações não seja hipotecado. “Não temos o direito de consumir mais do que aquilo que produzimos”, afirmou.
Olhar para o futuro com responsabilidade é assim um pressuposto elementar da metodologia de trabalho que Paulo Cunha advoga para o presente porque, diz, “não podemos fazer hoje investimentos que satisfaçam as nossas necessidades - e, perdoem-me, às vezes os nossos caprichos -, sem cuidar dos impactos que os mesmos vão ter no futuro”.
Para o autarca esta dimensão intergeracional deve também “olhar para o passado”, reconhecendo as gerações de pais e avós, que muito trabalharam e contribuíram para uma sociedade qualificada como a atual. “Temos que ser justos com eles, honrar os nossos compromissos e criar condições para que no futuro tenham mais e melhores anos de vida”, notou, justificando a oportunidade e pertinência das 51 medalhas de reconhecimento municipal atribuídas.
Desenvolvimento económico e proteção social
Para o desafio de potenciar o desenvolvimento económico o presidente da Câmara Municipal de Famalicão considera imprescindível o papel “indutor e catalisador” da autarquia na criação de um ambiente propício ao aumento da empregabilidade e da produtividade. “Temos que ver as empresas, os empresários e os empreendedores como elementos estruturantes do desenvolvimento económico do concelho. É por isso que estamos a criar condições para que todos possam ir ainda mais longe e assim o nosso concelho continue a ser notado pela sua capacidade exportadora”, enfatizou, referindo-se ao “Famalicão Made IN” e ao Gabinete de Apoio ao Empreendedor, que abrirá em breve, como projetos parceiros das empresas famalicenses.
Já o desafio social visa responder a todas as situações de emergência social que ocorram no concelho através do trabalho concertado de todos os agentes de apoio comunitário. “Muitas famílias estão num verdadeiro estado de exaustão. Ao longo destes anos foram aguentando sucessivas situações difíceis com enorme esforço e sacrifício. São uns autênticos heróis que temos que amparar na medida do possível”, reconheceu.
Armindo Costa, Cidadão Honorário
Num “devido e justo reconhecimento institucional” do município, disse Paulo Cunha, Armindo Costa recebeu ontem a mais alta distinção do município. O presidente da Câmara Municipal entre os anos de 2002 e 2013 é agora Cidadão Honorário de Vila Nova de Famalicão. “Armindo Costa é um exemplo pelo prestígio que trouxe ao nosso concelho, pela forma ímpar como geriu os destinos da Câmara Municipal e pelo legado que nos deixou”, enalteceu, sublinhando: “Quando precisamos de encontrar cidadãos exemplares, cujas condutas e comportamentos devem ser replicados, é claramente o caso do senhor arquiteto Armindo Costa”.
Armindo Costa agradeceu a Paulo Cunha a distinção como Cidadão Honorário e partilhou o galardão com todos os trabalhadores da autarquia e com a equipa autárquica que o acompanhou “na concretização do grande projeto para este grande concelho”. “Com determinação, grande competência e muito trabalho desenvolvido em conjunto, colocámos Famalicão no topo. Sem a vossa competência e sem a excelência do vosso trabalho não teríamos chegado onde chegámos nem teríamos feito as obras que concretizámos”, afirmou.
Armindo Costa agradeceu ainda a todos os autarcas das freguesias que exerceram funções nos últimos 12 anos. “Vocês foram os pilares do desenvolvimento verificado em cada uma das vossas freguesias”, notou.
Para além de Armindo Costa o município famalicense homenageou com medalhas de mérito municipal 32 personalidades - entre as quais antigos presidentes de junta que exerceram funções durante 12 ou mais anos e que por força da lei de limitação de mandatos autárquicos não se recandidataram - e 19 instituições famalicenses que se destacaram em prol do bem comum da comunidade famalicense.