Nesta quinta-feira – no dia em que o município de Vila Nova de Famalicão foi escolhido pelo Governo para assumir mais competências na área da educação – o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, reuniu com o secretário de estado adjunto do ministro da saúde, Fernando Leal da Costa, e com o presidente da ARS Norte, Álvaro Almeida, para seguir o mesmo caminho na área da saúde. “O objeto da reunião foi a continuidade de um processo que tem vindo a decorrer há já mais de um ano, no sentido de articulamos com o governo e com outras entidades da administração central, um conjunto de competências em matéria de saúde”, confirmou Paulo Cunha aos jornalistas, no final da reunião.
“Tenho dito e hoje reiterei ao secretário de estado e ao presidente da ARS norte que a câmara municipal está disponível para assumir essa responsabilidade e essas competências na exata medida que isso signifique melhores cuidados de saúde para a nossa população”, acrescenta o autarca.
Para já, não há ainda nada de concreto, apenas a confirmação de que “em breve poderemos ter algo de consistente nesta matéria”, salienta Paulo Cunha, explicando que se trata de um processo “complexo pois envolve a intervenção de vários agentes nomeadamente os médicos enfermeiros e outros profissionais da saúde cujas responsabilidades têm de ser articuladas com este novo figurino do ponto de vista das competências.”
Paulo Cunha assume o pioneirismo da iniciativa, realçando que “felizmente Famalicão faz parte dos municípios que tem merecido crédito por parte do governo, basta olhar para o setor da educação”. “Queremos fazer uma analogia entre o que estamos a fazer na educação com o que queremos fazer na saúde.” Apesar disso, a Câmara não avançará sozinha, mas sempre na perspetiva do território. “Temos uma escola de saúde, muitas instituições desde misericórdias, hospitais, mas também instituições sociais que têm um enquadramento no concelho muito forte e que podem também elas ser pilares decisivos na prestação de cuidados de saúde”, refere, destacando que “o que é importante é que exista esta disponibilidade para olhar para o território de Famalicão e de se ver que forças é que temos e como as podemos aproveitar para através delas melhorarmos os serviços de saúde”.
Entretanto, o presidente da Câmara Municipal assume que “nunca foi propósito do governo encerrar nenhuma extensão de saúde. O território é que tem de estar organizado de forma a cativar os médicos para que cá permaneçam e também para atrair novos médicos jovens”.
Ser parceiro direto na saúde facilita a ação da autarquia. “Dá-nos capacidade de agir. Nós queremos ter o poder real de ação para podermos influenciar positivamente de forma a conseguirmos alguma elasticidade no processo, assegurando que tenhamos soluções eficazes do ponto de vista da agregação médica mas que elas também permitam uma solução de proximidade do ponto de vista dos cuidados de saúde”, assegurou ainda o autarca.