Uma dezena de concertos, espetáculos de teatro e dança, tertúlias e oficinas, visitas guiadas, piqueniques e muitas horas de divertimento, reflexão e grande animação. É isto que promete a primeira edição do Mel – Piquenique das Artes, que vai decorrer entre 3 e 6 de agosto, no Parque da Devesa de Vila Nova de Famalicão. O festival, de participação gratuita em todos os eventos, é a proposta cultural para este verão das Associações Elogio Vadio e Fértil Cultural, que contam com o apoio da Câmara Municipal famalicense para lançar este novo conceito artístico e cultural.
Na apresentação do festival, que decorreu na passada sexta-feira, na Casa do Território, César Cardoso, da organização adiantou que o Mel “é um evento artístico multicultural e interdisciplinar, que tem a consciência, a ecologia e a cidadania como valores centralizadores de todo o projeto”. Para o responsável a escolha do nome Mel designa bem o objetivo do evento, que quer revelar “o melhor de nós”, tendo em conta que “o Mel é um produto que não se estraga nem deteriora e que é produzido de forma colaborativa”. Por outro lado, o conceito de piquenique “assenta na ideia de partilha, de coesão social e da identidade do concelho”.
Do programa destacam-se os concertos protagonizados por artistas portugueses e estrangeiros, como o Samba sem Fronteiras, do Brasil, no dia 4 de agosto, os Budda Power Blues, no dia 5 de agosto, Lucas Caballero & Florencia Paz, da Argentina, no dia 6, entre muitos outros.
Referência ainda para os espetáculos de teatro destinados ao público infantil, juvenil e famílias. “Eu é que conto”, no dia 4, e “Papim papa palavras”, no dia 5, pela Fértil Cultural. “Bzzzoira Moira”, pelo Teatro e Marionetas Mandrágoa, no dia 6, são alguns exemplos.
Na dança, logo a abrir o festival no dia 3, decorre o espetáculo “Chulada da Ponte Velha”, um projeto musical que recupera o reportório tradicional da chula. Destaque ainda para o espetáculo “The Zotagnas”, no dia 5.
De resto, esta primeira edição do Mel tem como tema “A voz” entendida como forma de expressão artística e como meio de participação ativa na sociedade. Neste âmbito, o evento compreende também um ciclo de tertúlias dedicado ao “Corpo”, enquanto veículo da voz. E um outro dedicado ao Silêncio, a ausência da voz.
Diariamente serão promovidas várias visitas ao parque e também piqueniques, que pretendem estabelecer relações de partilha que se repetem durante as horas de almoço e jantar de todos os dias do festival.
Para o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, “o município não podia ficar de fora deste projeto cultural que tem uma dimensão cívica e comunitária muito virtuosas”.
“É muito interessante perceber que há esta espontaneidade da nossa comunidade em conceber ideias e de as partilhar”, salientou o autarca elogiando o espírito de iniciativa e inovador da organização.
Paulo Cunha sublinhou ainda “a grande diversificação do programa do festival”, que considerou ser “a simbiose perfeita com a missão do Parque da Devesa”, pois ambos têm “a ambição de tocar nas pessoas, de as ajudar nos seus processos coletivos. Por isso mesmo, estas propostas tão ricas e tão diversas vão ao encontro dos gostos dos nossos cidadãos”.
O Mel arranca no dia 3, pelas 19h00, com um piquenique e termina no dia 6, com o espetáculo Fogo Fogo, a partir das 22h30.