A Tiffosi está mais pujante que nunca. A marca famalicense
especializada em vestuário de ganga renasceu, está a crescer e promete
marcar a diferença para impor-se ainda mais como uma referência à escala
global. A estratégia já começou a ser implementada e é agora reforçada
com o lançamento de uma nova variante de negócio: os acessórios de moda.
‘Vilanova’ é o nome da nova marca para jovens mulheres que a
Tiffosi já comercializa em Portugal em sete lojas próprias (número que
deverá duplicar até ao final do ano) e que vai expandir para o
estrangeiro. Em Vila Nova de Famalicão a primeira loja abre a 29 de
julho, no centro da cidade. No próximo ano o grupo VNC – Vila Nova
Carneiro, que detém a Tiffosi, tem planos para abrir uma nova loja a
cada semana, perspetivando a criação de 350 novos postos de trabalho.
Garantir
a qualidade dos produtos, associada a preços competitivos, é o que a
marca ‘Vilanova’ propõe, apresentando-se como dinâmica e urbana.
O
Presidente da Câmara de Famalicão conheceu este novo projeto durante a
visita que hoje realizou à empresa no âmbito do roteiro Famalicão Made
IN. Momento que Paulo Cunha aproveitou para lembrar o contributo da
Tiffosi para que o sector têxtil tenha em Vila Nova de Famalicão a
grande força do seu desenvolvimento. “Temos o privilégio de concentrar
alguns dos pesos mais pesados da indústria têxtil portuguesa, com lugar
garantido no ranking das maiores empresas do sector, como é o caso da
Tiffosi”, assinalou.
A Tiffosi ganhou uma segunda vida depois de o
grupo VNC — Vila Nova Carneiro, liderado por António Vila Nova, a ter
resgatado à Cofemel, em 2008. Hoje a empresa de Lousado goza de um
momento áureo, que a nova marca atesta. “A ‘Vilanova’ é uma nova
variante de negócio em que se identifica elevado potencial e claras
sinergias com a marca Tiffosi. Vamos aposta nela para crescer a nível
nacional e internacional”, enfatizou o empresário.
Os números
traduzem bem o crescimento da Tiffosi: previsão de 168 milhões de euros
de faturação em 2016, cerca de 1000 colaboradores e 1800 clientes,
vendas para 20 mercados e uma rede de 80 lojas em Portugal e no
estrangeiro.
António Vila Nova é um dos rostos que deu à Tiffosi
uma nova vida. Qual o segredo? “Basicamente, pegámos na empresa,
demos-lhe uma orientação específica e fizemos uma boa gestão de stocks”,
explica. No fundo, a passagem para um projeto “com perspetivas de
crescimento nacional e internacional” baseia-se numa espécie de
trilogia. “Temos produtos certos, vendemo-los no local certo e
oferecemos uma relação qualidade-preço fantástica”, apontou.
De
resto, este último ponto é a chave da nova Tiffosi, erguida um pouco à
imagem do grupo Inditex. “Queremos oferecer muito por pouco”, descreveu
António Vila Nova.
O gestor não esconde que o objetivo é ter a
empresa, dentro de dez anos, “como uma das melhores marcas de jeans num
ambiente europeu”. O caminho passa pela internacionalização e pelo
arrojo. A marca prepara uma nova investida no estrangeiro, depois de já
se vender em lojas multimarca nos principais mercados europeus, e diz
estar a revolucionar os jeans para as mulheres. E isso já se traduz em
exemplos práticos como o conceito de calças de tamanho único, ‘One size
fits all’, 100% elásticas, capazes de se moldarem a qualquer silhueta
feminina e retornarem ao tamanho inicial.