O Governo anunciou hoje, segunda-feira, 24 de julho, a abertura do concurso público para a duplicação da Estrada Nacional 14, entre a rotunda sul da Variante Nascente a Vila Nova de Famalicão e o lugar de Vitória, em Calendário (Rotunda da Grocenter), e beneficiação do atual troço entre esta última e o lugar de Santana, em Ribeirão. A obra que terá um prazo de execução de 270 dias e que corresponderá a um investimento estatal superior a 5 milhões de euros (entre empreitada, expropriações e outros), conta com uma comparticipação municipal de cerca de um milhão de euros, ao abrigo do acordo de gestão oficializado hoje, segunda-feira, 24 de julho, entre a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e as Infraestruturas de Portugal (IP), na Continental Mabor, em Lousado, na presença do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e do presidente da IP, António Laranjo.
Segundo admitiu Pedro Marques, foi mesmo o resultado desta parceria que viabilizou o arranque da empreitada – “a primeira obra a ser lançada pelo Governo no âmbito do Programa de Valorização das Áreas Empresariais” –, uma vez que o projeto “estava pronto”.
Para além do projeto, a Câmara Municipal comparticipa a intervenção com 500 mil euros e canalizará sensivelmente outro tanto para os encargos com a implantação e reforço da iluminação pública na via e estudo de impacto ambiental, ficando ainda com a responsabilidade pela conservação, manutenção e requalificação dos arranjos paisagísticos incluídos na intervenção.
A obra em causa refere-se a uma das fases do projeto global apresentado pelo Governo em 2015, também na Continental Mabor, e respeita à intervenção a executar no atual traçado da via, entre Calendário e Ribeirão - duplicação em 1,5 Km e beneficiação em 2,5 Km.
“Queria que entendessem esta intervenção como uma primeira fase de algo que deve ser realizado”, disse o ministro, garantindo que “é compromisso deste Governo concluir a Avaliação de Impacte Ambiental relativa à travessia do Rio Ave para que a variante à Nacional 14 se possa realizar”. “E para que fique claro que a variante é para fazer, lançamos este concurso da obra mais a norte e do primeiro troço mais a Sul, na Maia”, explicou Pedro Marques fundamentando a opção do Governo: “Queremos fazer esta obra porque esta obra faz falta à região e sobretudo ao país, porque está aqui concentrada uma grande parte da força exportadora do nosso território.”
Pedro Marques respondia assim ao repto lançado pelo Presidente do Conselho de Administração da Continental Mabor, Pedro Carreira, para “resolver de vez esta questão e se concretizem as promessas que temos recebido ao longo de mais de 27 anos de existência.”
O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas assegurou que o Governo vai trabalhar com as entidades ambientais competentes para resolver o problema da travessia do Ave e com a Câmara Municipal para a realização das acessibilidades complementares às zonas industriais de Lousado e Ribeirão.
Paulo Cunha gostou das garantias deixadas pelo Ministro em Vila Nova de Famalicão. “Esta obra é um contributo muito relevante para a melhoria das acessibilidades à região”, disse o autarca, felicitando o governo “pelo que está a fazer nas acessibilidades da região”. Contudo, o autarca reforça também por seu lado que esta deve ser “uma etapa entre etapas já percorridas e outras que é preciso fazer no futuro ao nível da melhoria das acessibilidades”.
O autarca diz que este passo “é crucial” no sentido da implementação da ligação a norte de Vila Nova de Famalicão, mas lembra que é igualmente decisiva e incontornável “a ligação a sul com a nova travessia sobre o Ave e as ligações interiores às áreas industriais.”