A Fundação Cupertino de Miranda ficou a partir de hoje mais próxima do público estudantil de Vila Nova de Famalicão. Aproveitando a comemoração do Dia Internacional dos Museus, a instituição criada em 1963 por Arthur Cupertino de Miranda como um “templo de arte e de cultura”, ofereceu à rede de bibliotecas escolares e públicas do município, o núcleo central das edições publicadas pela Fundação no âmbito do trabalho que tem desenvolvido, essencialmente no domínio das artes plásticas.
A entrega simbólica dos 18 títulos da Fundação Cupertino de Miranda às 19 bibliotecas do município famalicense decorreu na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco e contou com as presenças do Presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, do Diretor Artístico da Fundação, o artista plástico António Gonçalves, e dos representantes pelas instituições que receberam os livros.
Este aproximar da Fundação ao universo escolar famalicenses não é inocente. “Visa dar a conhecer o que tem sido o nosso trabalho e deixar um estímulo para que as escolas passem por lá com os seus alunos”, confessa António Gonçalves. E acrescentou: “A Fundação existe para a comunidade e todo o trabalho que se faça tem que ser nesse sentido, até porque a existência do espaço só se justifica em função dos visitantes que o usufruem”.
O Presidente da Câmara Municipal aproveitou a mensagem para a estender a toda a Rede de Museus de Vila Nova de Famalicão, desafiando os responsáveis pelas escolas “a aprofundarem a relação que têm com os serviços educativos da Câmara Municipal, no sentido de estreitarem a ligação dos alunos com os museus” e de encararem esta aproximação como um “processo fundamental de formação e valorização da nossa comunidade”.
Dos livros oferecidos às bibliotecas pela Fundação fazem parte catálogos de exposições de artistas como Mário Cesariny e Teixeira de Pascoaes e os primeiros oito números do Caderno do Centro de Estudos do Surrealismo.
Ao todo foram mais de 300 os livros que a instituição ofereceu, numa coleção cujo valor ronda os 6 mil euros. Desde 1999 que o Centro de Estudos do Surrealismo desenvolve um plano editorial contínuo com enfoque na publicação dos seus cadernos e de catálogos de exposições realizadas no Museu do Surrealismo da Fundação Cupertino de Miranda. Significa isto que há mais livros para oferecer. Para completar a coleção, as escolas só têm que levar os seus alunos à Fundação Cupertino de Miranda.
Recorde-se que o Museu da Fundação Cupertino de Miranda tem por missão a divulgação da Arte Moderna e Contemporânea, especialmente do Surrealismo. Tem como principais objetivos o estudo, a documentação, conservação e divulgação do seu acervo. Com uma importante coleção composta essencialmente por obras de artistas portugueses, reforça um património cada vez mais representativo do Surrealismo português, enriquecendo continuamente a coleção e permitindo tornar visíveis as obras do seu acervo através de uma sucessão de exposições.