A realização da Feira Medieval e Viking, que decorreu entre 22 e 25 de junho, em Vila Nova de Famalicão, redundou em sucesso. Ao longo dos quatro dias, milhares de pessoas visitaram o evento e interagiram com as personagens históricas recriadas pelos alunos da Escola Profissional CIOR e tomaram conhecimento com um período e factos históricos que permanecem desconhecidos à maioria das pessoas.
O êxito alcançado foi de tal monta que levou o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, a avançar a possibilidade da Feira Medieval e Viking assumir a periodicidade anual. “Estamos a estudar a forma de darmos mais permanência a esta iniciativa porque ela retrata um pouco da nossa história”, revelou o autarca logo no início do certame.
Paulo Cunha indicou que “a marca Viking” foi associada este ano à temática medieval habitual e comum aos certames, fazendo com que em Vila Nova de Famalicão se realize uma feira medieval com contornos originais a nível nacional.
“Sabemos que a marca Viking tem uma relação com o nosso concelho e conta já com mil anos”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal.
De facto, a presença Viking no território de Vila Nova de Famalicão é irrefutável e faz parte da identidade territorial, estando devidamente registada nos “Annales Portucalenses Veteres”, que relatam uma incursão de normandos (“homens do Norte”), a 6 de setembro de 1016, no território que hoje é o concelho de Vila Nova de Famalicão e que foi detida na defesa organizada no Castelo de Vermoim.
“É muito importante para os famalicenses irem à profundeza da História encontrar as suas origens”, salientou Paulo Cunha, pelo que a Feira Medieval e Viking, a somar-se a muitas outras iniciativas, “é um contributo para que isso aconteça”.
O presidente da Câmara Municipal destaca ainda que o certame é válido porque “traz muita gente à cidade, permite um reencontro com a nossa história e desenvolve os projetos de uma escola profissional de referência”. “O que aqui se encontra é fruto do trabalho de todo um ano letivo e a Câmara Municipal é um parceiro que nunca escondeu o seu apoio”, acrescentou.
O diretor da Escola Profissional CIOR, Amadeu Dinis, espelhava o rosto de satisfação como a Feira Medieval e Viking foi organizada. “Este ano quisemos inovar e transformamos a feira medieval num certame que recorda e recria uma série de situações vividas na nossa história”, frisou o responsável, destacando que “esta atividade de escola só é possível pelo grande apoio da Câmara Municipal”.
“É um evento que chama os famalicenses, é um evento para os famalicenses e dos famalicenses”, afirmou Amadeu Dinis. E de facto, foram milhares os famalicenses que marcaram presença e contactaram de perto com os usos e costumes de há 1000 anos.
A Escola Profissional CIOR – que se encontra a celebrar 25 anos de atividade – considera muito importante que a Feira Medieval e Viking se realize todos os anos. “Esta feira sendo anual ganha mais envolvência da região e marcará o ritmo destes eventos atraindo ainda mais público”, asseverou Amadeu Dinis.
Ao longo dos quatro dias, mais de 500 figurantes – a esmagadora maioria alunos da CIOR – recriaram o ambiente medieval e viking e realizaram múltiplas animações que centraram as atenções da multidão que atravessou todo o espaço da Praça D. Maria II, no centro da cidade de Vila Nova de Famalicão.