A realização de momentos de poesia nas ruas da cidade e a apresentação de uma antologia poética caracterizam o primeiro encontro literário, denominado “Carmina”, que a Fundação Cupertino de Miranda, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, promove na próxima sexta-feira e sábado, dias 11 e 12 de julho.
Coordenado pelos escritores Tolentino Mendonça e Pedro Mexia, este evento único no universo da poesia tem como mote as interrogações de Deus na poesia e prevê também a realização de debates com a presença de especialistas em literatura. “É uma iniciativa âncora a nível nacional que pretende privilegiar e festejar a poesia, uma das facetas mais importantes da nossa instituição”, refere o presidente do Conselho de Administração da Fundação Cupertino de Miranda, Pedro Álvares Ribeiro, que já assumiu publicamente a vontade de tornar a realização do encontro bienal.
O auditório da Fundação Cupertino de Miranda é assim o palco central do primeiro “Carmina” que vai reunir, entre outros especialistas, Rui Lage, Jorge Sousa Braga, Fernando Echevarría, Armando Silva Carvalho e Fernando J. B. Martinho.
A apresentação da antologia “Verbo: Deus como interrogação na poesia portuguesa”, editada pela Assírio & Alvim e coordenada por Pedro Mexia e Tolentino Mendonça, é um dos pontos fortes do encontro. “A obra destina-se aos leitores que sobretudo se interessam pela questão religiosa. É, portanto, muito pertinente a sua apresentação durante o encontro que vamos receber”, assinala aquele responsável.
A antologia reúne poemas de Vitorino Nemésio, Ruy Cinatti, Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, José Bento, Ruy Belo, Cristovam Paiva, Pedro Tamen, Armando Silva Carvalho, Carlos Poças Falcão, Adília Lopes e Daniel Faria. Dos poetas antologiados vão marcar presença Armando Silva Carvalho, Carlos Poças Falcão e Fernando Echevarría.
A poesia vai também sair para as ruas, cafés e bancos da cidade com momentos protagonizados por Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger que prometem surpreender tudo e todos e assim valorizar a poesia e sensibilizar o público para a leitura.
A abertura de uma livraria com centenas de títulos de poesia para venda ao público, alguns dos quais raros e fora dos habituais circuitos de venda, é outro dos motivos de interesse do “Carmina”.
Refira-se que a Fundação Cupertino de Miranda promove há já dois anos, em todas as terças-feiras de cada mês, um ciclo de poesia e música com nomes conceituados do panorama nacional que tem registado uma adesão significativa de público.
PROGRAMA
11 JULHO
10h30 – A interrogação de Deus na poesia portuguesa – breves achas para uma grande fogueira. Uma conversa com José Tolentino Mendonça e Pedro Mexia. Moderada por Sousa Dias.
12h30 – A interrogação de Deus na poesia brasileira. Alex Villas Boas.
15h00 – À poesia o que é da poesia e a Deus o que o é de Deus. Fernando J.B. Martinho. Maria João Reynaud. Rosa Maria Martelo. Numa mesa-redonda conduzida por Maria João Costa.
17h00 – A poesia cabe dentro das antologias? Não. Então porque se fazem? Frederico Lourenço, Jorge Sousa Braga, Rui Lage, José Tolentino Mendonça, Pedro Mexia. Num painel coordenado por Pedro Sobrado.
Ao longo do dia
A POESIA ESTÁ NA RUA com Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger.
12 JULHO
10h00 – Lançamento da Antologia “Verbo. Deus como interrogação na poesia portuguesa” (Ed. Assírio & Alvim).
10h30 – Deus nunca acaba de ser dito pelos poetas. Armando Silva Carvalho, Carlos Poças Falcão, Fernando Echevarría.
Ao longo da manhã
A POESIA ESTÁ NA RUA com Isaque Ferreira, João Rios e Rui Spranger.