Dois terços dos jovens emigrantes portugueses, das dezenas de milhares que emigraram nos últimos anos, estão motivados e empenhados em regressar a Portugal e um terço dos que diz não querer regressar quer trabalhar em rede com Portugal. A conclusão é o resultado de um inquérito desenvolvido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) junto dos jovens que estão na diáspora e foram dados a conhecer ontem, em Vila Nova de Famalicão, pelo Presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida, no decurso de um debate público sobre a internacionalização e a diáspora, que decorreu na Casa do Território e que culminou com a assinatura do protocolo “Empreender 2020 – Regresso de uma Geração Preparada”, estabelecido entre esta entidade e o município famalicense no âmbito do projeto Famalicão Made IN.
Paulo Nunes de Almeida revelou ainda que entre os dois terços dos jovens que querem regressar, metade deles estão empenhados e disponíveis para desenvolver uma atividade empreendedora. “É uma característica distintiva da juventude atual, muito menos conformada e com apetência para correr riscos e trazer para Portugal empresas que de alguma forma aproveitem toda a rede e potencial que conseguiram adquirir ao longos dos anos”, referiu.
É precisamente a pensar na mais valia que são estes jovens que estão na diáspora que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão se associou ao projeto “Empreender 2020 – Regresso de uma Geração Preparada”. Através deste acordo, o município de Vila Nova de Famalicão posiciona-se como uma alternativa ao acolhimento destes jovens, disponibilizando condições para que alguns desses jovens, famalicenses e não só, encontrem em Vila Nova de Famalicão espaço para o desenvolvimento dos seus projetos, tanto na perspetiva de investidores como através da sua eventual incursão no universo empresarial famalicense.
“O que temos feito ao nível do apoio e do fomento empresarial é um sinal claro e seguro para aqueles, famalicenses e portugueses, que procuram uma comunidade onde os seus projetos possam ser bem sucedidos”, disse Paulo Cunha falando de um território “onde os projetos empresariais são globalmente bem sucedidos e constituem uma marca distintiva no contexto nacional e internacional”.
“A nossa ambição é demonstrar e evidenciar que Vila Nova de Famalicão é um concelho que reúne condições de excelência para acolher gente com novas ideias, competência e ambições, não só ao nível da criação do próprio negócio, mas particularmente ao nível da inserção profissional em empresas que temos no nossos concelho”, acrescentou Paulo Cunha lembrando como argumento de peso o facto de Vila Nova de Famalicão ser “para além dos maiores exportadores, o concelho com a melhor balança comercial do país e aquele que mais valor acrescenta no processo produtivo”.