As duas cooperativas do sector agrícola existentes em Vila Nova de Famalicão, a Fagricoop e a Frutivinhos vão unir-se numa só, concertando energias e esforços de forma a garantir a sustentabilidade das duas instituições. A decisão da junção das cooperativas foi formalizada nesta terça-feira, com a celebração de um protocolo entre a Fagricoop e a Frutivinhos, tendo como parceiros a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Caixa de Crédito Agrícola do Médio Ave.
De acordo com o vice-presidente da autarquia famalicense, Ricardo Mendes, “a Câmara Municipal assume aqui um papel de agente facilitador desta junção, sendo que este protocolo é mais uma etapa de um percurso que se define por um conjunto de intenções”. “A Câmara Municipal não podia ficar de fora deste processo, tendo em conta que o sector agrícola é uma atividade de grande relevância económica e social para o concelho”, afirmou.
Neste âmbito, Ricardo Mendes anunciou “a disponibilidade da autarquia na cedência de um terreno” para a prossecução dos objetivos da nova estrutura que sairá da união destas duas instituições. “O terreno localizado na Quinta dos Queimados, às portas da cidade, serve os vários propósitos que estão no horizonte e reúne todas as condições necessárias à nova instituição”, salienta o autarca, acrescentando que “estamos convictos que este trabalho será bem-sucedido, conveniente e eficaz, na aproximação das duas instituições e na criação de uma nova estrutura mais forte que irá apoiar a agricultura e o setor agro alimentara a nível concelhio”.
Tendo em conta o contexto económico muito difícil em que as duas cooperativas se encontram, esta foi a solução encontrada por ambas para contornar a crise e garantir a sua sustentabilidade.
Para a materialização do processo a Universidade Católica está a desenvolver um estudo de viabilidade técnica que se encontra já em fase avançada, sendo que, para o corrente ano de 2016 está prevista a definição da cronologia da respetiva execução e várias ações concretas no sentido de colocar o projeto no terreno.
Para o presidente da Fagricoop, Manuel Loureiro “com esta união todos ficamos a ganhar”. “Este protocolo vem dar corpo àquilo que já vínhamos discutindo nos últimos tempos, no entanto, é apenas o primeiro passo de vários passos que ainda temos que dar para atingir o objetivo final”.
Também o presidente da Frutivinhos, Alberto Teixeira de Carvalho, se mostrou otimista em relação ao acordo. “Estamos aqui em espírito de missão, pelo engrandecimento da componente agrícola no concelho”, salientou, acrescentando que “os objetivos são comuns e permitem uma colaboração estreita entre ambas as cooperativas”.
Por sua vez, o representante da Caixa Agrícola, José Azevedo Costa, destacou a ligação do banco ao sector agrícola. “A Caixa agrícola nunca se desancorou do sistema agrícola na região por isso, tínhamos de estar presentes nesta fusão”.