“Uma viagem histórica num comboio repleto de memórias, mas com
grande futuro”. É desta forma que o presidente da Câmara Municipal de
Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, define a viagem do Comboio
Presidencial desde o Entroncamento até Vila Nova de Famalicão, promovida
nesta quinta-feira. Na sua primeira deslocação ao norte país, após as
obras de restauro, o comboio que chegou a transportar o corpo de Salazar
para Santa Comba Dão, acolheu ilustres convidados desde autarcas,
representantes da Fundação Museu Nacional Ferroviário (FMNF),
representantes da Refer e da CP, associações de entusiastas dos
caminhos-de-ferro, entre outros. A viagem contou ainda com hospedeiras
vestidas à época e com guitarras portuguesas." />
Comboio de Salazar fez viagem histórica entre o Entroncamento e Famalicão
28-03-2014
“Uma viagem histórica num comboio repleto de memórias, mas com grande futuro”. É desta forma que o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, define a viagem do Comboio Presidencial desde o Entroncamento até Vila Nova de Famalicão, promovida nesta quinta-feira. Na sua primeira deslocação ao norte país, após as obras de restauro, o comboio que chegou a transportar o corpo de Salazar para Santa Comba Dão, acolheu ilustres convidados desde autarcas, representantes da Fundação Museu Nacional Ferroviário (FMNF), representantes da Refer e da CP, associações de entusiastas dos caminhos-de-ferro, entre outros. A viagem contou ainda com hospedeiras vestidas à época e com guitarras portuguesas.
Após os trabalhos de restauro que estiveram a cargo da FMNF que se prolongaram por três anos e que custaram um milhão e meio de euros, este comboio deixou bem cedo o Museu do Entroncamento a caminho da terra onde Camilo Castelo Branco viveu e morreu.
Após cerca de seis horas de viagem, a chegada ao Museu Ferroviário em Lousado, em Vila Nova de Famalicão, aconteceu com pompa e circunstância, com a receção a cargo da Banda de Música da Artave. Para Paulo Cunha, esta viagem serviu para demonstrar, de forma simbólica, que Vila Nova de Famalicão tem um enorme potencial do ponto de vista ferroviário. “Ficou hoje igualmente demonstrado que o comboio presidencial tem todas as condições para voltar aos carris”, constatou o autarca, que agora espera ver o investimento feito na restauração do histórico transporte colocado ao serviço da comunidade. Uma das hipóteses poderá passar pela utilização deste comboio para “unir” os pólos que constituem o Museu Nacional Ferroviário, algo fundamental para Paulo Cunha. “É importante ligar os diferentes pólos do museu que estão espalhados pelo país. Temos ambição de que este comboio ou outros possam percorrer os carris para que através da viagem também possamos potenciar os pólos de Famalicão”, afirmou Paulo Cunha, realçando que a importância do núcleo de Lousado “é indiscutível” e sublinhando ainda que o município pretende musealizar também o espólio que existe em Nine.
Jaime Ramos, presidente da FMNF, reconheceu o empenho do Município de Famalicão na valorização do património ferroviário. Afirmou mesmo que o Museu Ferroviário de Lousado “é o primeiro museu ferroviário digno desse número”. Relativamente ao comboio presidencial, Jaime Ramos, que o apelidou de “ex-libris do património ferroviário português” destacou que o projecto tem suscitado interesse desde a viagem inaugural. Nesta primeira fase, a FMFN vai promover um total de quatro viagens. A próxima saída é dia 18, Dia Internacional dos Museus, com uma viagem até Castelo Branco. No dia 30 de Junho o destino é Faro. A FMFN está a preparar um plano de negócios sustentável para que, com outras entidades, o comboio possa viajar de forma sustentável.
Refira-se que antes do restauro, apenas duas das cinco carruagens estavam praticamente completas e as «restantes estavam completamente esventradas», como explicou a coordenadora do serviço de conservação e restauro do Museu Nacional Ferroviário.
Maria José Teixeira adiantou ainda que o restauro contou com a ajuda de testemunhos de especialistas e pessoas que conhecem a composição e até de documentos históricos vindos do estrangeiro. Herdeiro dos veículos adquiridos em 1890 para o Comboio Real, o Comboio Presidencial, transportou todos os Presidentes da República entre 1910 e 1970.
Num projeto inédito em Portugal, a FMNF procedeu ao restauro global do Comboio Presidencial, tendo os seis veículos que formam a composição sido totalmente reabilitados. Para além da revisão estrutural, procedeu-se à conservação e restauro de todo o património integrado, nomeadamente, ao nível da reconstituição dos interiores e da recuperação de revestimentos e equipamentos, a par da reprodução de alguns objetos em falta, em função de modelos existentes na década de 70, que coincide com o período final do uso do Comboio Presidencial enquanto tal.
Com co-financiamento QREN – Programa Mais Centro e apoio financeiro do PIT - Programa de Intervenção no Turismo, do Turismo de Portugal, o restauro da composição presidencial teve início em 2009, tendo sido concluído em Fevereiro de 2013.
Comboio de Salazar fez viagem histórica entre o Entroncamento e Famalicão
28-03-2014
“Uma viagem histórica num comboio repleto de memórias, mas com grande futuro”. É desta forma que o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, define a viagem do Comboio Presidencial desde o Entroncamento até Vila Nova de Famalicão, promovida nesta quinta-feira. Na sua primeira deslocação ao norte país, após as obras de restauro, o comboio que chegou a transportar o corpo de Salazar para Santa Comba Dão, acolheu ilustres convidados desde autarcas, representantes da Fundação Museu Nacional Ferroviário (FMNF), representantes da Refer e da CP, associações de entusiastas dos caminhos-de-ferro, entre outros. A viagem contou ainda com hospedeiras vestidas à época e com guitarras portuguesas.
Após os trabalhos de restauro que estiveram a cargo da FMNF que se prolongaram por três anos e que custaram um milhão e meio de euros, este comboio deixou bem cedo o Museu do Entroncamento a caminho da terra onde Camilo Castelo Branco viveu e morreu.
Após cerca de seis horas de viagem, a chegada ao Museu Ferroviário em Lousado, em Vila Nova de Famalicão, aconteceu com pompa e circunstância, com a receção a cargo da Banda de Música da Artave. Para Paulo Cunha, esta viagem serviu para demonstrar, de forma simbólica, que Vila Nova de Famalicão tem um enorme potencial do ponto de vista ferroviário. “Ficou hoje igualmente demonstrado que o comboio presidencial tem todas as condições para voltar aos carris”, constatou o autarca, que agora espera ver o investimento feito na restauração do histórico transporte colocado ao serviço da comunidade. Uma das hipóteses poderá passar pela utilização deste comboio para “unir” os pólos que constituem o Museu Nacional Ferroviário, algo fundamental para Paulo Cunha. “É importante ligar os diferentes pólos do museu que estão espalhados pelo país. Temos ambição de que este comboio ou outros possam percorrer os carris para que através da viagem também possamos potenciar os pólos de Famalicão”, afirmou Paulo Cunha, realçando que a importância do núcleo de Lousado “é indiscutível” e sublinhando ainda que o município pretende musealizar também o espólio que existe em Nine.
Jaime Ramos, presidente da FMNF, reconheceu o empenho do Município de Famalicão na valorização do património ferroviário. Afirmou mesmo que o Museu Ferroviário de Lousado “é o primeiro museu ferroviário digno desse número”. Relativamente ao comboio presidencial, Jaime Ramos, que o apelidou de “ex-libris do património ferroviário português” destacou que o projecto tem suscitado interesse desde a viagem inaugural. Nesta primeira fase, a FMFN vai promover um total de quatro viagens. A próxima saída é dia 18, Dia Internacional dos Museus, com uma viagem até Castelo Branco. No dia 30 de Junho o destino é Faro. A FMFN está a preparar um plano de negócios sustentável para que, com outras entidades, o comboio possa viajar de forma sustentável.
Refira-se que antes do restauro, apenas duas das cinco carruagens estavam praticamente completas e as «restantes estavam completamente esventradas», como explicou a coordenadora do serviço de conservação e restauro do Museu Nacional Ferroviário.
Maria José Teixeira adiantou ainda que o restauro contou com a ajuda de testemunhos de especialistas e pessoas que conhecem a composição e até de documentos históricos vindos do estrangeiro. Herdeiro dos veículos adquiridos em 1890 para o Comboio Real, o Comboio Presidencial, transportou todos os Presidentes da República entre 1910 e 1970.
Num projeto inédito em Portugal, a FMNF procedeu ao restauro global do Comboio Presidencial, tendo os seis veículos que formam a composição sido totalmente reabilitados. Para além da revisão estrutural, procedeu-se à conservação e restauro de todo o património integrado, nomeadamente, ao nível da reconstituição dos interiores e da recuperação de revestimentos e equipamentos, a par da reprodução de alguns objetos em falta, em função de modelos existentes na década de 70, que coincide com o período final do uso do Comboio Presidencial enquanto tal.
Com co-financiamento QREN – Programa Mais Centro e apoio financeiro do PIT - Programa de Intervenção no Turismo, do Turismo de Portugal, o restauro da composição presidencial teve início em 2009, tendo sido concluído em Fevereiro de 2013.