A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai investir até 2020 cerca de 246 mil euros na destruição de ninhos de vespa velutina, vulgarmente conhecida como vespa asiática. A autorização da despesa foi hoje, 24 de agosto, aprovada em reunião do executivo municipal, ficando desta forma assegurada a continuidade do trabalho que o município famalicense tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos, através dos serviços da Proteção Civil, Saúde Pública e Ambiente, e em colaboração com a Associação dos Silvicultores do Vale do Ave (ASVA), de vigilância e controlo desta espécie invasora.
Desde 2014 até hoje, o município de Vila Nova de Famalicão já respondeu a mais de duas mil sinalizações de supostos ninhos de vespa velutina, tendo procedido à destruição de cerca de 1500 após confirmação da natureza dos mesmos.
Na destruição dos ninhos é dada prioridade aos ninhos instalados em habitações, espaços públicos e em zonas de elevada afluência de pessoas, de forma a tranquilizar os cidadãos. A Câmara não cobra qualquer valor pela intervenção, no entanto, um abate pode custar entre 80 e 150 euros dependendo da complexidade da intervenção. É um esforço financeiro que a Câmara faz em prol do ambiente e dos cidadãos, sem que haja qualquer contrapartida do Estado para o efeito.
O tempo de espera médio, depois do alerta, para um abate tem variado entre as 48 e as 72 horas, dependendo da complexidade, salvo os casos em que é necessário recorrer a uma logística diferente, como por exemplo recurso a uma autoescada dos bombeiros.
A vespa velutina ou vespa asiática é uma espécie de vespa não-indígena, predadora da abelha europeia, com comprimento médio de cerca de 2,5 cm. As características que permitem distinguir esta espécie de outras espécies de vespa habituais no nosso país são o facto de possuir as pontas das patas amarelas e o abdómen escuro, com uma fina faixa amarela e apenas 1 segmento amarelo. Esta espécie não é considerada mais perigosa para o ser humano do que a vespa europeia (vespa crabro).
O Município de Vila Nova de Famalicão assume a despesa com a destruição dos ninhos que são detetados no concelho como medida de controlo da proliferação desta espécie.