São pouco mais de 50m2 para mostrar a partir de Vila Nova de Famalicão o que de mais inovador e de referência se está a desenvolver em Portugal no campo da criação artística. A Galeria Municipal “Ala da Frente” foi hoje apresentada com essa ambição: mostrar mais com menos. A ideia é valorizar a obra de arte enquanto objeto individual e convidar as pessoas a imergirem nos objetos artísticos para os lerem, interpretarem e desfrutarem.
A Galeria Municipal “Ala da Frente”, assim chamada pelo facto da sala de exposição se encontrar na ala da frente do Palacete Barão da Trovisqueira, e por referência à contemporaneidade e vanguardismo associados ao espaço, é um novo e ambicioso projeto cultural do município famalicense que foi apresentado pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, e pelo curador do espaço, o artista plástico famalicense António Gonçalves, que assume a direção artística da Fundação Cupertino de Miranda Vila Nova de Famalicão desde 2002.
“A dimensão física do espaço constitui por si só um desafio para quem programa, mas igualmente para os artistas que queremos ter cá”, assinalou António Gonçalves explicando que a programação privilegiará “autores que fazem parte do nosso contexto artístico nacional, com um percurso que já não causa dúvidas, que continuam a progredir com um trabalho sério e coerente e que são referência de estudo e de ação dentro daquilo que é a arte contemporânea em Portugal”
Quem encaixa neste parâmetros é Jorge Molder, escritor e fotógrafo com um relevante percurso nacional e internacional, e que vai inaugurar a Ala da Frente com uma exposição de cinco fotografias inéditas de grande dimensão no próximo dia 30 de maio. A mostra ficará patente ao público até 25 de Setembro.
Paulo Cunha apresenta a Ala da Frente como “um desafio que assumimos com muita ambição e que pretende reforçar o posicionamento do concelho como um dos principais polos de referência cultural do país” e assume a dupla ambição de “aproximar a arte das pessoas e afirmar territorialmente Famalicão.
“É um passo mais no sentido da afirmação cultural de Vila Nova de Famalicão”, acrescenta o autarca famalicense concluindo que “Famalicão quer estar no centro da arte e ter arte no seu centro”.
As exposições organizadas na Ala da Frente serão acompanhadas de um projeto editorial que se materializará na edição de um livro. “Será um outro desafio para os autores, pois pretende-se ir mais além do que a simples edição de um catálogo convencional de uma exposição”, explicou António Gonçalves.