O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, anunciou esta quinta-feira que “caso o governo cumpra com a promessa de estender ao 2.º, 3.º e 4.º ano o empréstimo dos manuais escolares, que este ano acontece para o primeiro ano, a Câmara Municipal de Famalicão avançará com a oferta dos livros para o segundo ciclo, ou seja para o 5.º e 6.º ano”. A garantia foi deixada durante a cerimónia de arranque do ano letivo 2016/2017, que decorreu na Escola Básica Integrada de Gondifelos e ficou marcada pela entrega simbólica dos manuais escolares aos alunos do 1.º Ciclo.
“Nós consideramos a aposta na educação como um investimento e não estamos aqui há procura de poupanças ou da redução de encargos, estamos antes disponíveis para realocar estas verbas, caso deixem de ser necessárias, para outros níveis de ensino”, afirmou o autarca, considerando a medida do governo de emprestar os livros ao primeiro ano como “muito positiva”.
A satisfação e agrado com o anúncio de Paulo Cunha não se fez esperar, e logo pela voz dos pais. Laurinda Oliveira, vice-presidente da Associação de Pais considerou a oferta dos manuais escolares ao 1.º ciclo “uma mais-valia para todas as famílias” e a possível oferta para o 2.º ciclo “como uma excelente noticia para o concelho e um apoio muito importante e necessário para os pais”.
Por estes dias, em Vila Nova de Famalicão, mais de 20 mil crianças e jovens, do pré-escolar ao secundário, iniciaram as aulas. Só no primeiro ciclo do ensino básico, contam-se cerca de cinco mil alunos.
Apesar da azafama que se vive nas escolas, o arranque do ano letivo está a acontecer com “absoluta normalidade”, como sublinhou Paulo Cunha. “Este arranque está a correr francamente bem. Havia uma grande ansiedade e expetativa, tendo em conta algumas mudanças no percurso formativo, mas em Vila Nova de Famalicão conseguimos converter a anormalidade numa normalidade”, acentuou.
Também o diretor da EBI de Gondifelos, Jonas Maciel, se mostrou satisfeito com a forma como está a iniciar o ano letivo, afirmando que “estão reunidas todas as condições necessárias para as aulas comecem com tranquilidade e normalidade”.
A entrega dos livros às crianças do 1.º ciclo, no primeiro dia de aulas é, de resto, uma medida que contribui para que as crianças iniciem o ano com serenidade e em pé de igualdade. “A equidade é um principio fundamental da sociedade que deve ser respeitado por todos e com esta iniciativa o município está a dar um exemplo às crianças”, referiu Laurinda Oliveira, visivelmente satisfeita.
Também o presidente da Câmara Municipal realçou a importância “da atribuição dos manuais que democratizam o acesso à educação e são fundamentais para que todos sem exceção desde o primeiro dia de aulas se apercebam do que é a igualdade e a democracia”. São 31 mil livros, cerca de 5 mil alunos beneficiados e um investimento de cerca de 260 mil euros. É, sem dúvida, um investimento fundamental, mas que representa apenas uma gota no oceano dos apoios municipais à educação.
Para além dos manuais escolares, a autarquia investe cerca de 1,3 milhões de euros nas refeições das crianças nas escolas e 1,5 milhões de euros no transporte escolar. Através da ação social, a autarquia apoia também as famílias mais carenciadas com a aquisição do material escolar num investimento superior aos 700 mil euros.
No ano passado, a autarquia aprovou ainda o Regulamento de Apoio à Educação que beneficia as famílias com dois ou mais filhos a estudar, através da criação de um quarto escalão social que dá descontos de 50% com o segundo filho e de 100% a partir do terceiro filho, nos serviços prestados pelo município, como a refeição, o acolhimento e o prolongamento.
Para além destes apoios, Paulo Cunha relembrou ainda as obras de requalificação e modernização das escolas. “É hoje inegável a qualidade do parque escolar em Famalicão e continuamos a investir”, afirmou o autarca relembrando as obras que estão em curso em Requião, Telhado, Louredo, Meães e Gondifelos, num investimento de perto de 1 milhão de euros, mas também anunciando já um conjunto de obras para breve nas escolas de Conde S. Cosme, também conhecida como sede nº 1, Esmeriz, Riba de Ave e Ruivães.