No dia 10 de janeiro, pelas 21h30, o Grande Auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão enche-se de magia e beleza com a realização do já tradicional concerto de Ano Novo a cargo do Grupo Recreativo e Musical da Banda de Famalicão, dirigido pelo maestro Fernando Marinho. Organizado pela Câmara Municipal, o concerto é de entrada livre sendo limitado à capacidade da sala. A Banda de Música de Famalicão é atualmente uma das mais prestigiadas instituições do concelho, tendo-se sagrado recentemente vencedora do I Concurso de Bandas Filarmónicas de Braga, onde também foi reconhecido o trabalho de Manuel Fernando Marinho Costa, maestro da Banda de Famalicão, com o troféu “Batuta de Prata”.
Sedeada na renovada Casa da Música, sita na Avenida 25 de Abril, esta coletividade teve a sua origem, na Banda do “Zé da Costa”, criada há mais de um século. No entanto, foi em 1937, que um grupo de bairristas famalicenses criou o Grupo Recreativo e Musical de Famalicão.
Em 11 de Fevereiro de 1940 foi eleita a sua primeira Direção, sob a presidência do industrial António Sampaio Carvalho. Em 1980, a Banda gravou o seu primeiro disco intitulado “Famalicão em frente” e em 1982 editou “Famalicão sempre em festa”.
MAESTRO FERNANDO MARINHO
Em outubro de 2005, o maestro Fernando Marinho começou a dirigir a Banda de Famalicão incutindo uma forma diferente de execução, mais moderna e arrojada, permitindo inclusive que em outubro de 2007 a Banda de Famalicão tivesse o privilégio de ser das primeiras Bandas Filarmónicas a pisar o palco da sala Guilhermina Suggia da Casa da Música do Porto. Em dezembro de 2006, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, a Banda de Famalicão grava o seu segundo CD intitulado “Filarmonias”.
Fernando Marinho iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos na Banda Musical de Amarante, tendo frequentado a Fundação Conservatório Regional de Gaia onde concluiu o curso básico de flauta, estudando com o professor Jorge Salgado C. Correia. Ingressou mais tarde no Conservatório de Música do Porto onde concluiu, em 2001, o curso complementar de flauta com 19 valores, na classe do professor Olavo Tengner Barros.
Ao longo dos últimos anos, o maestro tem participado em vários estágios de orquestra, desde a Orchestre d’Harmonie de Jeunes de l’Union Européenne, Orquestra Nacional de Sopros dos Templários, Orquestra Clássica Juvenil “Bracara Augusta”, Orquestra de Câmara J. N. M. de Aveiro, Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra Académica Metropolitana, entre outras. Colaborou ainda com a Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra do Algarve, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras e Remix Ensemble.
As experiências como músico de orquestra permitiram-lhe trabalhar com um grande número de maestros desde Jan Cober, Michael Zilm, António Saiote, Eji Oue, Lawrence Foster, Bertrand de Billy, Michael Corboz, Brian Schembri, Edwin Roxburgh, Joana Carneiro, Roberto Forés Asensi, Roberto Perez, Cristhopher Bochmann, José Ferreira Lobo, Muhai Tang, Beat Fourré, Claude Kaesmaecker, Jean-Marc Burfin, entre outros.